Depois de dois anos de consolidação a partir da compra da Impsat - empresa com forte conhecimento no mercado corporativo, a Global Crossing unifica suas linhas de produto e aposta na oferta de serviços - sem mencionar diretamente computação na nuvem - às grandes corporações do país.
"Não gosto de falar de computação na nuvem porque a nossa oferta é de virtualização e de serviços no nível de ponta, como a terceirização, o full outsourcing do ERP, aliado, é claro, à nossa oferta de rede com capilaridade nacional e internacional", afirmou Vagner de Moraes, diretor de Data Center da companhia.
Um fato importante nessa nova estratégia - a Global Crossing possui três Data Centers - Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba - é que os negócios corporativos respondem, hoje, por 70% da receita no país. A unidade carrier das carriers - que antes era o carro-chefe responde por 30% da rentabilidade.
"A virada foi a incorporação da Impsat, que tinha forte conhecimento em serviços empresariais. O mercado de operadoras, de venda de capacidade, especialmente, internacional, é um mercado que acreditamos ser de grande demanda, mas as empresas, com as suas necessidades de ampliar processamento, com qualidade e garantia, são, hoje, o nosso grande alvo", observa o diretor de Marketing estratégico da Global Crossing, Yuri Menck. Com os megaeventos da Copa do Mundo e das Olimpíadas 2016 e o incremento da banda larga no país e a chegada da 3G e do LTE, mais à frente, a Global Crossing já realizou os aportes para aumentar a sua capacidade de transmissão.
Os cabos submarinos, por exemplo, tiveram sua capacidade ampliada em até nove vezes, num período de três anos - foram 400 Gpbs a mais, somando, hoje, 1,5 Terabytes. No Brasil, a empresa ampliou em 3,000 Kms a rede própria, com forte apelo nas redes metropolitanas, baseadas em Metro Ethernet, nas principais capitais do país.
Na parte de telecom, um outro pulo do gato da empresa é a área de vídeo. Há três meses, a Global Crossing comprou a Genesis Networks, especializada em broadcast. Apesar de bastante cauteloso ao falar dos planos dessa integração no Brasil, Yuri Menck deixou claro que há um forte interesse em atender ao mercado de HD e 3D.
"A Genesis nos permitirá ter esse conhecimento e também provermos vídeo de alta capacidade pela nossa infraestrutura. Ela tem um ponto de presença aqui para atender a ESPN, mas ainda estamos bem no início dessa incorporação", informou o executivo.
O Governo também ganha atenção especial. A empresa expande sua cobertura para a região Centro-Oeste. "Sabemos que o governo é um alvo para atendermos, principalmente, agora, com o Programa Nacional de Banda Larga. A Telebrás, inclusive, para nós, será uma parceira relevante. Ela vai nos dar capacidade onde não atuamos", observa Vagner Gomes.
Fonte [Convergência Digital]
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