Em seu esforço para renovar o site, trazendo os usuários de aplicativos de terceiros para a sua página – e conquistar uma parte do mercado que o Facebook domina – o Twitter promoveu uma grande mudança em seu portal na última terça-feira (14/9).
A página inicial, que preserva os principais elementos do serviço a que os usuários já estão acostumados, teve sua interface redesenhada e ganhou novos recursos. Agora, além dos tuítes que aparecem no lado esquerdo da tela, à direita há uma barra com ferramentas como mapas com o local da atualização e um espaço para fotos e vídeos que foram acoplados a mensagem.
“Queremos uma experiência de uso mais intuitiva, rápida e rica, ou, em outras palavras, melhorar a forma com que descobrimos o que acontece no mundo”, disse o cofundador da empresa, Evan Williams, durante a conferência que apresentou as novidades do produto. “As pessoas terão mais em menos tempo”, prometeu.
Por enquanto, o novo site não está disponível a todos. Aos poucos, os internautas americanos receberão a atualização e, depois, será a vez dos usuários do resto do globo.
“O redesenho deve tornar o portal mais robusto, reforçando a sua habilidade para enfrentar novos desafios”, afirmou Rob Enderle, analista da Enderle Group. “Ainda assim, o Twitter é conhecido por sua simplicidade; mexer com isso pode ser arriscado”.
Portal agrega funções
Antes mesmo do término da apresentação, muitos usuários já se perguntavam como esse movimento poderia afetar os aplicativos de terceiros usados para a plataforma do microblogging, como o TweetDeck e o HootSuite. Se o serviço ficar mais divertido e interessante, seus membros continuarão a recorrer a essas ferramentas quando precisarem enviar suas mensagens?
Possivelmente não. “Os usuários poderão fazer mais no próprio portal e, se ele funcionar bem, a popularidade dos aplicativos de terceiros ficará para trás”, diz Enderle. “Mas apenas se funcionar bem”, salienta.
E quanto ao Facebook, o gigante das redes sociais, que compete com o Twitter pelo tempo e atenção dos usuários? Ao incorporar imagens e vídeos ao seu serviço, ele começa a invadir um território que pertence à empresa de Zuckerberg.
“Penso que o Twitter pode virar a única rede social de muitos internautas que desejam uma experiência completa. Certamente, ele está atingindo o Facebook, mas sabemos como as pessoas são criaturas que cultivam hábitos e que é muito difícil mudá-los; convencê-las a trocar um serviço que a satisfazem é complicado, principalmente se considerarmos que o Facebook fideliza mais seus membros”.
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