O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi preso nesta terça-feira no Reino Unido por agentes da Polícia Metropolitana de Londres, a Scotland Yard, com base em um mandado internacional de prisão emitido pela Suécia. Ele deve se apresentar no tribunal de primeira instância de Westminster ainda hoje.
Em um comunicado, a Scotland Yard informou que Assange foi detido por volta das 9h30 (horário local, 7h30 de Brasília). Ontem ele havia marcado uma "reunião" em uma delegacia. Promotores suecos emitiram um mandado de prisão para o australiano de 39 anos, que é procurado na Suécia sob suspeita de cometer crimes sexuais, acusação que ele nega.
"Agentes da unidade de extradições da polícia metropolitana prenderam nesta manhã Julian Assange em nome das autoridades suecas por suspeita de estupro", declarou a polícia. A polícia acrescentou que Assange recebeu uma acusação de coerção ilegal, duas acusações de assédio sexual e uma de estupro, todas elas supostamente cometidas em 20 de agosto.
Julian Assange era procurado desde que a Suécia emitiu um mandado de
prisão internacional contra ele - Foto: AFP
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A Suécia expediu um mandado de prisão para Assange em 18 de novembro, mas a ação foi invalidada por um erro processual. Um novo mandado foi emitido em 2 de dezembro. Ontem, o banco suíço PostFinance congelou as contas de Assange. O site diz que a medida bloqueia 31 mil euros. Em comunicado, o WikiLeaks afirmou que Assange perdeu 100 mil euros em bens em uma semana.
"Hora da verdade" Mark Stephens, outro advogado de Assange, assinalou que "é hora" de se chegar "à verdade", e que seu cliente quer "limpar seu nome". Ele já tinha expressado dúvidas no fim de semana sobre a intenção da detenção de seu cliente.
"É bastante estranho, porque o promotor sueco abandonou todo o caso contra ele em setembro (...) e algumas semanas mais tarde - após o discurso de um político sueco -, um novo promotor, não em Estocolmo, onde estavam Julian e essas mulheres, mas em Gotemburgo, começou um novo caso que resultou nestas ordens", disse o advogado em entrevista à BBC.
Stephens já tinha indicado que seu cliente lutará contra sua possível extradição à Suécia, já que teme que, a partir de lá, possa ser entregue aos Estados Unidos, onde alguns políticos chegaram a pedir sua execução.
Vazamentos
Nos últimos dias, o WikiLeaks tem publicado centenas de telegramas diplomáticos, provocando a ira do governo dos Estados Unidos. Na segunda-feira, o WikiLeaks divulgou uma lista de instalações ao redor do mundo que os Estados Unidos classificam como vitais para a sua segurança nacional. A lista inclui oleodutos e centros de comunicação e transporte.
Com agências internacionais
Fonte [Terra Tecnologia]
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