Anatel perdeu a pressa para criar o DDD 10 em São Paulo


Previstas para serem votadas nesta quinta-feira, 25/11, as mudanças no regulamento de numeração da telefonia celular, com o objetivo de ampliar a quantidade de números disponíveis na região da grande São Paulo, foram adiadas. Houve pedido de vistas, mas a avaliação do Conselho Diretor da Anatel é de que há tempo para adotar o DDD 10.

“Ainda tem reserva, a situação não preocupa. Pelo que estamos vendo, há numeração suficiente para aproximadamente mais um ano”, afirmou o conselheiro Jarbas Valente, que acompanha o assunto desde que era superintendente de Serviços Privados da agência.

O curioso é que há alguns meses a Anatel tinha pressa em aprovar a criação de um novo código para a mesma região da área do DDD 11– a cidade de São Paulo e outros 63 municípios. A avaliação é de que a quantidade disponível de números se esgotaria rapidamente diante da demanda mensal de cerca de 250 mil novos celulares na região.

Foi justamente a pressa que convenceu a área técnica da agência de que a melhor saída seria a criação do DDD 10. Ela seria mais simples – e portanto mais rápida – de ser adotada do que a alternativa proposta: a inclusão de um nono dígito em todos os telefones do país.

Mais de 36 milhões de números já foram designados para as operadoras no mercado da área do DDD 11 – de um total de 37 milhões de combinações possíveis. Acontece que pelo menos 9 milhões deles estão em quarentena – o tempo de espera entre um telefone cancelado e sua nova comercialização – ou na cadeia logística das empresas.

Parece prevalecer, agora, a ideia de que boa parte desses números pode ser reaproveitada, o que reduz consideravelmente a urgência com que o tema era tratado. A única dúvida é se, nesse caso, continuam válidas as premissas que indicavam a solução pelo novo DDD, ou se poderá voltar a ser considerada a inclusão de mais um dígito.

Veja entrevista de Jarbas Valente



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