Na primeira reunião entre as partes, realizada ontem, 23 de agosto, no Ministério das Comunicações, o consórcio de empresas formado para produzir conversores para a TV Digital a preços mais acessíveis propôs que o equipamento custasse entre R$ 237 e R$ 356 para o consumidor final. Os valores foram descartados pelo governo.
“Vamos ter de baixar esse preço para um valor plausível, que atenda a população de baixa renda”, disse o Assessor Especial da Casa Civil, André Barbosa. André Barbosa destacou que as classes D e E já têm grande parte de sua renda mensal comprometida, o que inviabiliza a compra do conversor a um preço alto.
O governo pediu aos empresários uma nova proposta, com preço mais baixo. A próxima reunião ocorrerá em 8 de outubro. "Nosso principal desafio é a redução do custo de produção e de distribuição desse equipamento, que vai possibilitar ao usuário receber o sinal da TV Digital”, afirmou o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins. Ele acrescentou que outros fatores como a cobertura da TV Digital, a interatividade e os conteúdos a serem disponibilizados também serão discutidos, mas baixar o valor do equipamento é o mais importante neste momento.
Antes da nova reunião entre os empresários e o governo federal, três outros encontros serão realizados. Em uma dessas frentes, o Ministério da Fazenda e bancos do governo deverão procurar com as empresas alternativas para reduzir o valor do conversor.
Em outra reunião, o BNDES e empresas interessadas em fabricar o set-top box vão discutir o processo de habilitação para ter acesso a crédito da instituição. Ao mesmo tempo, representantes de vários ministérios deverão se encontrar para decidir quais conteúdos já estão consolidados pelos órgãos na internet e que poderão migrar para a TV Digital. A iniciativa tem o objetivo de incrementar a interatividade possibilitada pelo sistema adotado no Brasil.
Durante a apresentação da proposta, o consórcio de empresas que trabalha na produção do conversor digital fez um demonstrativo das possibilidades e características do equipamento. A intenção é torná-lo atraente ao consumidor final, principalmente com investimento em recursos de interatividade. O set-top box virá com uma série de aplicativos, permitindo o acesso a serviços bancários e públicos nas áreas de saúde, segurança e educação.
A reunião contou com a participação de representantes dos ministérios das Comunicações, da Fazenda e da Ciência e Tecnologia; Casa Civil, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Entre as empresas que integram o consórcio estão Totvs, Semp Toshiba, Visiontec, Positivo Informática, Broadcom e ST Microeletrônica.
Fonte: HT on Line
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